Danças típicas locais

On 22 setembro 2006 / By Cleo Freitas PPG / Reply
Tambor de Mina
Festa religiosa dos negros Gege-Nagôs, mantida pelos seus descendentes. É o equivalente maranhense do Candoblé da Bahia.
Os instrumentos usados são os tambores: grande ou "rum", médio ou "glupi", menor ou "rumpli" e agogô, além de cabaça com rede de contas. O número de componentes varia de 25 a 40, e a roupa dos brincantes é de tecido de algodão branco enfeitado de rendas da mesma cor. Como adorno, usam vários colares coloridos, de acordo com o santo a que homenageiam.
Tambor de CrioulaA tradição do Tambor de Crioula vem dos descendentes africanos. É uma dança sensual, excitante, que apresentam variantes quanto ao ritmo e a forma de dançar, e que não tem um calendário fixo, embora seja praticada especialmente em louvor a São Benedito.
É dançado apenas por mulheres, que fazem uma roda, em cujo centro evolui apenas uma delas. O momento alto da evolução é a "punga" ou umbigada. A punga é uma forma de convite para que outra dançarina assuma a evolução no centro da roda.
O Tambor de Crioula é ritimado por 3 tambores, que recebem os nomes de grande ou roncador (faz a marcação para a punga), meião ou socador (responsável pelo ritmo) e pequeno ou crivador (faz o repicado).

Festa do Divino
A Festa do Divino chegou ao Brasil no século XVI e há indícios de que, no Maranhão, ela tenha chegado com os açorianos entre 1615 e 1625. É uma das manifestações folclóricas mais ricas do estado. As mais famosas são as que acontecem no eixo São Luís - Alcântara. Apesar da origem comum e pequena distância entre as duas cidades, há algumas diferenças entre suas comemorações.
Em todo o Maranhão, o culto é marcado pelo sincretismo religioso. A tradição trazida pelos portugueses recebeu contribuições das culturas indígenas e, principalmente, africanas.
O evento não acontece na data tradicional e não há uma só festa na cidade. Cada comunidade faz a sua celebração em terreiros de mina diferentes. A Festa do Divino por aqui está associada não só ao Espírito Santo, mas também a outros santos católicos e de casas de culto afro-maranhenses.

Punga
Punga, dança muito popular, principalmente no Estado do Maranhão. É uma dança simples e sem complicações coreográficas. É dançada nos salões, classificada entre as danças de natureza lasciva, principalmente pela umbigada que faz marcação entre os pares.
Instrumentos musicais: tambor, pandeiro, etc.
Coreografia: Punga é dançada em roda. O início é assinalado pelo toque de um tambor grande. Os dançadores avançam dando dois passos para frente, e uma roda em seguida, dirigindo-se ao círculo, escolhendo quem vai levar a punga. Avança de barriga empinada de encontro a pessoa escolhida. O movimento da umbigada é um misto de cômico e de lascivo.

Coco
O Coco é uma dança de origem ameríndia (tupi), também chamada "bambelô" ou "zamba". É muito dançada na região praiana do norte e do Nordeste, sobretudo em Alagoas
O Coco, a exemplo de outras danças tipicamente brasileiras, apresenta grandes variedades de formas. Em Alagoas é dançado de maneira bastante diferente do Rio Grande do Norte e da outra forma dançada na Paraíba. Além do Coco de Praia, Coco de Roda, Coco de Sertão. Sua natureza porém não é alterada. É uma festa viva e alegre, embora não apresente riqueza de ritmo nem de melodia.
Indumentária: Cavalheiros: calça listrada ou de xadrez, de boca estreita, camisa de meia, sandálias, chapéu de palha. Damas: vestido estampado de cor alegre, mangas fofas, saias bastante rodada, com babados, sandálias.
Instrumentos musicais: zabumba (tambor) "pife", flauta, ganzás, chocalho, viola, pandeiro, etc.
Coreografia: dançam em roda homens e mulheres, alternadamente; o solista no centro. Os pares se sucedem. A dança é mais um sapateado, acompanhado de palmas.
Origem: Indígena